JUDICIARIO

Justiça mantém afastado policial penal acusado de envolvimento com Comando Vermelho em MT

Published

on


Conteúdo/ODOC – O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, decidiu manter o afastamento do policial penal Luiz Otávio Natalino de suas funções no sistema penitenciário de Mato Grosso. A medida foi reafirmada em nova decisão publicada nesta segunda-feira (30), dentro do processo em que o servidor é réu por corrupção passiva e tráfico de influência.

Natalino é apontado como um dos envolvidos em supostos esquemas criminosos desvendados pelas operações Ragnatela e Caixa de Pandora, que investigam a atuação do Comando Vermelho no estado. De acordo com o Ministério Público, o policial teria utilizado sua posição dentro da estrutura prisional para facilitar a entrada de objetos proibidos e negociar a transferência de detentos em troca de pagamento.

Uma das denúncias cita que o agente teria oferecido ao reeducando Willian Aparecido da Costa Pereira, conhecido como “Gordão”, a transferência de presos mediante valores em dinheiro. Para convencer o detento, Natalino teria mencionado o nome do então diretor do Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC), Winkler de Freitas Teles, sem autorização.

A menção a Winkler, no entanto, foi considerada infundada. O próprio diretor negou qualquer envolvimento, e o Ministério Público requereu o arquivamento das investigações contra ele e outros citados (Paulo Winter Farias Paelo e Jonas Souza Gonçalves Junior). O juiz acatou o pedido e encerrou a apuração em relação a esses nomes.

 Já o caso de Willian Aparecido, que teria oferecido vantagens indevidas a Natalino, foi desmembrado e encaminhado para análise da 19ª Promotoria Criminal da Capital, que deverá decidir se oferece denúncia por corrupção ativa.

Para a Justiça, os indícios apresentados pelo MP contra Natalino são suficientes para justificar o andamento da ação penal. O magistrado entendeu que o afastamento do cargo é necessário para preservar a integridade da investigação e evitar a repetição das condutas criminosas, considerando que os atos teriam ocorrido justamente no exercício da função pública.

O policial penal foi oficialmente citado e tem 10 dias para apresentar defesa. Enquanto isso, permanece impedido de atuar no sistema prisional.

As operações Ragnatela e Caixa de Pandora investigam um suposto esquema de lavagem de dinheiro e corrupção com participação de agentes públicos e apoio de lideranças do Comando Vermelho. Em uma das fases da operação, ocorrida em junho de 2023, interceptações telefônicas revelaram regalias dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), como o uso de eletrodomésticos e até um “mercadinho” gerido com anuência de servidores.

Entre os alvos dessas ações também está o ex-vereador Paulo Henrique de Figueiredo (MDB), que responde em processo separado.





Fonte: O Documento

Comentários
Continue Reading
Advertisement Enter ad code here

MATO GROSSO

Advertisement Enter ad code here

POLÍCIA

Advertisement Enter ad code here

CIDADES

Advertisement Enter ad code here

POLÍTICA

Advertisement Enter ad code here

SAÚDE

As mais lidas da semana