“Congresso da mamata” e “Motta traidor”, criticam internautas

Internautas voltaram a criticar nesta terça-feira (1º.jul.2025) a decisão do Congresso de derrubar o decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). As tags “Congresso da mamata” e “Hugo Motta traidor” chegaram ao 2º e 4º lugares entre os assuntos mais comentados do X, respectivamente.

Até as 15h40, a tag sobre o Congresso já acumulava 174 mil menções, enquanto a crítica ao presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), aparecia em 56,8 mil postagens.

As publicações também incluem críticas à CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que vai apurar descontos indevidos no INSS. Como mostrou o Poder360, Motta cogita indicar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) para a relatoria da comissão.

Outros usuários aproveitaram para atacar a proposta aprovada pelo Congresso que aumenta o número de deputados de 513 para 531. A medida aguarda sanção ou veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os comentários, internautas criticam o que chamam de privilégio e autobenefício dos congressistas:

“Um Congresso improdutivo e gastão, que trabalha dia e noite para sabotar o país e legisla em causa própria. Parabéns aos pobres de direita que aplaudem esse escárnio”, publicou um usuário.

“Hugo Motta, líder do CONGRESSO DA MAMATA, traiu o Brasil ao chantagear o governo Lula só para prejudicar o povo e beneficiar seus amigos”, escreveu outro.

“O Congresso da mamata afunda o país na lama, pisa na Constituição como se fosse trapo velho e ainda promete um futuro que só existe para os donos do poder. Enquanto isso, o povo sangra em silêncio, traído por quem deveria protegê-lo”, afirmou outro perfil.

Veja outras publicações:

Desde a semana passada, o PT e aliados do presidente Lula intensificaram o discurso em defesa da taxação dos chamados “BBBs”: bancos, bets e bilionários. O partido argumenta que a medida é essencial para promover justiça tributária.

Aliados do governo têm compartilhado vídeos com a narrativa de “ricos versus pobres”, retratando pessoas de baixa renda como as principais afetadas pela carga tributária. A retórica lembra discursos dos séculos 19 e 20, em que o proletariado era apresentado como moralmente superior e amparado por um Estado promotor de igualdade.

A estratégia, no entanto, tem causado desconforto entre parlamentares, que acusam o governo de tentar rotular o Congresso como inimigo do povo.

Em resposta, usuários também passaram a publicar vídeos gerados por IA (inteligência artificial) que parodiam ou imitam a estética das peças de comunicação do governo.