POLÍTICA

Sobrepreço na compra de maquinários com emendas de deputados foi identificada pela Seaf, diz governador

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Conteúdo/ODOC – O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou que a própria Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) foi responsável por identificar indícios de sobrepreço na aquisição de kits agrícolas viabilizados por meio de emendas parlamentares. A declaração foi dada na noite desta segunda-feira (24), em meio à repercussão nacional do caso, após reportagem publicada pelo portal UOL.

Segundo Mendes, ao constatar possíveis irregularidades nos valores, a Seaf encaminhou as informações à Controladoria-Geral do Estado (CGE), que instaurou um procedimento interno. “Caso haja comprovação de dolo, a Controladoria aciona outros órgãos competentes para dar continuidade às apurações e responsabilizar quem for necessário”, disse o governador.

Embora o tema tenha ganhado destaque nas últimas semanas, as investigações sobre o suposto esquema de desvios de recursos públicos já estavam em curso desde o ano passado. Em setembro de 2024, a Polícia Civil deflagrou a Operação Suserano, que revelou um possível rombo de até R$ 28 milhões nos cofres públicos.

O esquema envolveria a destinação de emendas parlamentares para a compra de maquinários agrícolas com valores inflacionados. Ao todo, 14 deputados estaduais e dois ex-parlamentares são citados no inquérito, entre eles nomes como Eduardo Botelho (União Brasil), Gilberto Cattani (PL), Júlio Campos (União Brasil) e Juca do Guaraná (MDB).

As emendas deram origem a 24 termos de fomento assinados pela Seaf com o Instituto Pronatur (Instituto de Natureza e Turismo), organização responsável pela aquisição dos kits. Segundo a Polícia Civil, os contratos apresentaram superfaturamento de R$ 10,2 milhões. O montante seria parte de um esquema articulado para beneficiar Alessandro do Nascimento, apontado como sócio oculto de empresas contratadas pelo governo e supostamente favorecido pelas indicações dos deputados.

Diante da complexidade do caso, a delegada Juliana Rado, responsável pelo inquérito, remeteu o processo à Polícia Federal, que deverá assumir a investigação a partir de agora.



Fonte: O Documento

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