POLÍTICA

Deputados apontam ‘incompetncia’ e cobram explicaes sobre obra em paredes

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O erro reconhecido pelo governador Mauro Mendes (União) quanto as obras no Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, gerou forte reação entre os deputados estaduais e acentuou o clima de tensão diante do projeto que deveria solucionar o problema de deslizamentos no paredão. O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Max Russi (PSB), foi direto ao comentar a situação após deixar uma reunião a portas fechadas com o governador e outros parlamentares no Palácio Paiaguás, nesta quarta-feira (25).

“O cuiabano gosta de ir à Chapada, tem eventos importantes no município de Chapada e a gente fica triste de saber que essa obra e o encaminhamento não está muito próximo de acontecer. O governo errou, os técnicos erraram, a forma que foi. Nós esperamos uma solução de forma rápida, não podemos demorar mais”, afirmou Max.

A declaração do chefe do Legislativo foi apenas uma da série de críticas de parlamentares, que cobram explicações e responsabilizações após o governador reconhecer publicamente, na terça-feira (24), que o projeto de retaludamento pode ser inviável tecnicamente. A obra, iniciada há quase um ano, já consumiu cerca de R$ 10 milhões de recursos públicos para efetivar 26% da obra, conforme dados de portal da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra). O projeto do governo chegou a ser contestada por ambientalistas por não ser “o mais adequado”.

O deputado Valdir Barranco (PT) foi um dos mais duros na avaliação ao afirmar que o chefe do Executivo assumiu “incompetência” ao conduzir o projeto. “O governador revela a incompetência dele. Além do mais, deveria ter um pouquinho de sensibilidade e humildade para pedir desculpas ao governo do presidente Lula, ao Ibama, à ministra Marina Silva, pelas atitudes que ele teve, ao pressionar o governo, ao falar na mídia o tempo todo que o fato de não fazer a obra era por conta do atraso no licenciamento. Já se vão mais de um ano e meio. Ele tanto gosta de jogar a incompetência pro outro lado, agora a incompetência é dele. Ele está matando Chapada e os municípios que dependem dessa estrada”, disparou.

Já a deputada Janaina Riva (MDB) formalizou um requerimento cobrando explicações detalhadas da Sinfra sobre os custos, decisões técnicas e motivos que levaram o Estado a declarar o projeto inviável. A parlamentar quer saber o total gasto com estudos, consultorias e laudos técnicos, e se o governo chegou a consultar especialistas independentes como o professor Caiubi Kuhn, além de entidades como Associação dos Profissionais Geólogos do Estado De Mato Grosso (Agemat) e Associação de Geológos de Cuiabá (Geoclube).

“Não dá para ignorar o conhecimento técnico e científico disponível, principalmente em um projeto dessa magnitude e impacto. Estamos falando de uma área de enorme importância ambiental, turística e de mobilidade. Precisamos entender onde erraram, quanto custou esse erro e o que será feito daqui pra frente”, ressaltou a emedebista.

O deputado Wilson Santos (PSD) preferiu adotar um tom mais moderado, mas destacou que o governo ao menos “assumiu o erro”. “O governador reconheceu que errou, isso é muito importante. Uma atitude plausível e agora precisamos ver qual será o andamento que será dado referente a isso”, avaliou.

O projeto do Portão do Inferno, orçado inicialmente em R$ 29 milhões, prevê o recorte dos paredões rochosos e um novo traçado para a MT-251, a cerca de 10 metros do ponto atual. A iniciativa visa minimizar os riscos de deslizamentos em uma das áreas mais visitadas do estado. A execução está sob responsabilidade da empresa Lotufo Engenharia e Construções LTDA, e as licenças ambientais foram liberadas em maio do ano passado. A conclusão estava prevista para ocorrer em três meses, mas o cronograma não foi cumprido.

A área afetada integra o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, exigindo autorizações de órgãos como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 





Fonte: Folhamax

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