POLÍTICA
Nataly pode ter cometido crime sozinha e reprodução vai revelar, analisa perito

O perito criminal Manoel Messias, da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), afirmou que é possível que Nataly Helen Martins Pereira – ré confessa pelo assassinato da adolescente Emelly Azevedo Sena, possa ter cometido o crime sozinha. O homicídio aconteceu no dia 11 de março, em Cuiabá.
Rodinei Crescêncio/Rdnews
Manoel Messias, perito criminal da Politec
Inicialmente, outras três pessoas foram detidas, junto com Nataly: o marido de Natally, Christian Albino Cebalho de Arruda, de 28 anos, foi preso ainda no Hospital Santa Helena, quando a suspeita tentou forjar que tinha dado à luz a bebê de Emelly. Já o irmão e o cunhado foram detidos na manhã seguinte, sob suspeita de terem colaborado com a cooperação do cadáver. Depois, os três foram ouvidos e liberados. O Ministério Público de Mato Grosso (MPE) denunciou apenas Nataly pelo crime e descartou envolvimento de irmão, cunhado e marido da ré no crime. No entanto, desde o início, foi questionado se era possível que Nataly conseguisse cometer todo o crime brutal sozinha.
“É possível, sim. O ser humano faz coisas que a cada dia nos deixam assustados. É possível, sim, desde que ela tivesse um domínio sobre o fato ali. Se a vítima já havia, de alguma forma, declinado a sua resistência, é possível. Não que não possa ter terceiros ali, mas uma pessoa só consegue realizar essa conduta”, afirma o perito.
A defesa de Nataly, feita pelos advogados André Luís Melo Fort e Ícaro Vione de Paulo, realizou o pedido para a reprodução simulada dos fatos. Com isso, a defesa da suspeita quer esclarecer contradições relevantes e lacunas probatórias presentes na narrativa acusatória.
Conforme o perito, a reconstituição, como é conhecida, é feita por um outro perito (que não participou do caso). “Quando o perito tem contato inicial com o local, logo após o fato, nem sempre é possível perceber todos os vestígios, todas essas ações”, explica.
“A reprodução simulada tem o objetivo de esclarecer pontos que tenha contradição, ou que tenha lacunas aqui para ver se, principalmente de acordo com a versão do acusado, para que seja pelo menos compatível sob o aspecto material, lógico aquela conduta que ele está dizendo que realizou”, acrescenta.
Reprodução
Como já informado anteriormente, laudo preliminar da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a adolescente teria sido assassinada por enforcamento com fios e, posteriormente, teve o bebê retirado do próprio ventre.
De acordo com o delegado que está à frente do caso, Caio Alexandre, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o corpo foi localizado com fios no pescoço.
“A reprodução vai revelar a conduta. Desconstituir o que ela está dizendo, o que aconteceu, ou ratificar o que o laudo está dizendo. A reprodução simulada, em alguns momentos, pode apontar contradição no laudo também. É por isso que ela tem que ser feita por outro perito, que não aquele que esteve no local e fez o levantamento naquele momento”, finaliza o perito.
O caso
Emelly Azevedo Sena desapareceu no dia 11 de março, por volta das 12h, após sair de casa, no bairro Eldorado, em Várzea Grande e avisar a família que estava indo para Cuiabá buscar doações de roupas de bebê. O celular parou de funcionar e a família saiu em procura dela, realizando um boletim de ocorrência às 22h.
Na quarta-feira à noite, Nataly e o marido deram entrada no hospital com uma bebê, alegando que o parto teria sido realizado na residência. A equipe médica desconfiou do caso, pois a mulher não tinha indícios de puerpério. Exames apontaram que a mulher não esteve grávida recentemente e que a criança seria de outra mãe.
No dia 13 pela manhã, o corpo de Emelly foi encontrado em uma cova rasa, com pernas e braços amarrados, asfixiada com um fio no pescoço e um corte de faca na barriga.
Na investigação, a Polícia Civil descobriu que a bebê que estava com Nataly era a filha da adolescente. A investigação aponta que Emelly ainda estava viva quando teve o bebê arrancado do ventre. Os cortes foram precisos e certeiro no útero, não tendo atingido outros órgãos. Nataly confessou em depoimento que, antes de matar Emelly, pediu desculpas e disse que cuidaria da bebê.
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