CIDADES
Proibir Carnaval é mandar pessoas embora de Cuiabá no feriado, diz Abrasel
Após o vereador Rafael Ranalli (PL) apresentar um projeto para proibir a Prefeitura de Cuiabá de financiar a festa de Carnaval durante toda a gestão do prefeito Abilio Brunini (PL), que se estende até 2028, a presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso (Abrasel-MT), Lorenna Bezerra, fez duras críticas à proposta. “É a mesma coisa que dizer: pessoal, não venham pra Cuiabá, vão embora daqui, porque a gente não quer vocês aqui”, afirmou.
Cami Barros

Lorenna foi até a tribuna livre, em sessão da Câmara Municipal desta terça (25), para explicar o quanto a proposta pode prejudicar o setor de bares e restaurantes da capital.
“O turista precisa se organizar, o empresário precisa se organizar, então é uma medida que a gente não aprova, que não deve ser tomada. Queremos o turismo aqui, a movimentação, ainda mais no período do Carnaval, pois viemos de janeiro com o movimento fraco, porque Cuiabá não é uma cidade de entrada, é de saída, as pessoas saem de férias, então a cidade morre no começo do ano. No período de carnaval, temos a oportunidade de trazer essas pessoas, ou pelo menos permitir que os moradores fiquem aqui, ele [Ranalli] está fazendo um movimento contra isso”, afirmou.
De acordo com o setor, a proposta vai contra a justificativa de que o caixa está “no vermelho”, pois a medida movimentaria ainda menos recursos na economia local.
“Há muitos comerciantes que esperam exatamente os períodos sazonais para ter dinheiro. E eu não estou falando só do setor de alimentação, estou falando da costureira, do motorista de aplicativo, do mercadinho, dos pequenos empresários que esperam esse momento para vender. Não ter o carnaval, não ter o investimento impacta todo um setor produtivo, toda uma cadeia econômica”, pontuou.
Lorenna ainda afirmou que o setor entende a mudança de gestão, e o não investimento neste ano, mas que não concorda que a medida seja tomada pelos próximos quatro anos.
“Semana que vem já é o Carnaval. A sociedade já está se organizando, o Governo de Mato Grosso já organizou o carnaval aqui especialmente na Capital. Então o Carnaval neste ano está sendo feito do jeito que dá, mas como serão nos próximos anos?”, questiona.
Para a Abrasel, faltou diálogo do parlamentar com o setor e um estudo do impacto econômico. “Não foi conversado, não houve um diálogo com o setor da alimentação, eu acho que uma decisão dessa, que envolve tantos setores, deveria ter sido construída com um diálogo”, afirmou.
Ranalli tenta colocar o projeto em regime de irgência na sessão desta terça-feira (25), no entanto, até o momento, não houve votação e a audiência foi suspensa no fim desta manhã.
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