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Idosa tida como morta pelo INSS tenta reaver benefício cortado há 13 anos

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Uma dona de casa de 86 anos tenta provar que está viva para poder reaver o Benefício de Prestação Continuada (BPC) suspenso há 13 anos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Moradora da Cohab São Gonçalo, em Cuiabá, Laureci Silveira está com a visão comprometida e precisa do benefício para se sustentar e comprar medicamentos.

A dona de casa recebia regularmente os proventos até que, em 2011, foi ao banco sacar o benefício como fazia todos os meses e ficou sabendo que não havia nenhum valor na conta. Por falta de conhecimento, preferiu não checar a situação. Porém, como mora sozinha e está passando dificuldade, familiares decidiram correr atrás a fim de tentar resgatar o benefício.

Reprodução

Dona Laureci

Em fevereiro deste ano, Laureci e a família deram entrada em processo junto ao INSS, momento em que receberam um documento informando que a idosa estava em óbito. A advogada responsável pelo caso, Talissa Nunes, especialista em Direito Previdenciário, afirmou que sua cliente compareceu à Receita Federal onde consta que o seu CPF está regular.

“Também juntamos documentos que mostram todas as vezes que ela foi atendida pelo SUS, e também que ela perdeu a visão do olho direito e recentemente fez uma cirurgia no olho esquerdo e está com a visão comprometida”, pontua a advogada, observando que a dona de casa precisa do benefício para se manter e também para adquirir medicamentos que custam mais de R$ 100 a unidade.

Reprodução

Talissa Nunes advogada

A advogada Talissa Nunes, que tenta reaver o benefício para dona Laureci

“Eu preciso desse dinheiro. Tenho problema de visão, moro sozinha, minha casa não tem quase nada de móveis e passo um calor enorme aqui porque o telhado é de Eternit. Passo praticamente o tempo todo sentada na varanda por causa disso”, conta Laureci. 

Talissa Nunes tenta reverter a situação da idosa e reaver todos os valores que deixaram de ser pagos. “O processo também reivindica indenização dano moral porque houve um erro grosseiro do INSS. Ela já confirmou na Receita Federal que está viva, todos os dados estão corretos, e não tem justificativa plausível para isso”, acrescenta.

O benefício de prestação continuada é destinado a pessoas com 65 anos ou mais e que estejam inscritas no CADÚnico, que não têm direito à previdência social e a pessoas com deficiência que não estão inseridas no mercado de trabalho e não apresentam uma renda fixa.

O INSS alega que uma beneficiária homônima, que reside em outro Estado, faleceu e o sistema a confundiu com a moradora de Cuiabá.



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